Gabriel Gomes
Dados chocados
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O que é DeFi 2.0

Como o próprio nome DeFi 2.0 dá a entender, trata-se de um upgrade, uma segunda onda ou uma segunda geração da DeFi, que significa decentralized finance, ou finança descentralizada em português. O objetivo da finança descentralizada é prover aos usuários acesso a produtos e serviços financeiros, como seguros, investimentos, empréstimos, negociação de ativos e contas remuneradas, sem a intermediação de instituições centralizadoras, como bancos, bolsas e corretoras.

Por se tratar de um desenvolvimento que é bastante recente, nem sempre há consenso sobre o que constitui ou não um projeto de DeFi 2.0. Pode haver dúvidas e controvérsias mesmo quanto a quais são as características que definem um projeto como sendo de DeFi 2.0.

Conceito

Como definição geral, podemos dizer que o termo DeFi 2.0 engloba um conjunto de esforços e iniciativas que, a partir da base (técnica e de modelos de negócio) que foi construída na primeira geração de protocolos de finança descentralizada (que podemos chamar de DeFi 1.0), têm por objetivo resolver problemas e limitações desta que desencorajam e restringem a adoção e o uso de recursos de finança descentralizada.

De modo geral, os protocolos DeFi 2.0 são mais voltados para B2B (business-to-business, ou seja, negócio-a-negócio) do que os protocolos da geração anterior de DeFi 2.0. Portanto, fique conosco até o final que neste artigo você vai entender um pouco mais sobre defi e também conhecer algumas das criptomoedas defi promissoras no momento.

O investimento em criptoativos pode não ser adequado para investidores iniciantes, que podem perder o total do valor investido.

Alguns dos problemas da DeFi 1.0 que projetos de DeFi 2.0 buscam resolver

liquidez DeFi

Liquidez

Liquidez é a capacidade de negociar um ativo sem afetar consideravelmente sua cotação. Ela é importante para garantir a estabilidade dos investimentos e a contínua viabilidade da negociação dele. De modo geral, quanto mais negociado um ativo (por exemplo, ações da bolsa em comparação com obras de arte valiosas), mais liquidez ele possui e menos voláteis são suas cotações.

Os protocolos  de DeFi costumam usar pools de liquidez para fornecer liquidez a seus ativos. Nesses pools, os investidores podem depositar pares de cripto ativos (com a finalidade de sustentar a oferta deles e garantir sua liquidez, protegendo o sistema da volatilidade) e receber renda passiva por eles.

Um dos problemas com o modelo dos protocolos DeFi 1.0 é que, neles, não chega a ser incomum que os provedores de liquidez deixem seus fundos nos pools de liquidez apenas até o momento em que se tornar possível para eles o resgate de suas recompensas, quando eles sacam seus fundos, levando consigo a liquidez do sistema e sujeitando este à volatilidade.

Protocolos de DeFi 2.0 deixam o fornecimento de liquidez mais atraente para os investidores porque permitem que os ativos depositados em pools de liquidez sejam usados como garantias de empréstimos ou lastro para a emissão de tokens nativos, como no caso da MakerDAO.

segurança financeira DefI

Segurança

De modo geral, protocolos DeFi passam por auditorias de segurança, mas há riscos inerentes na realização de updates e no controle que os desenvolvedores exercem sobre os protocolos.

Embora reste muito a ser feito, os protocolos DeFi 2.0 oferecem mais chances de que os participantes governem o protocolo conjunto, o que reduz as chances de que um ator ou conjunto limitado de atores tome medidas maliciosas unilaterais.

A existência de seguros contra problemas nos contratos inteligentes que servem de base para as transações de DeFi 2.0 também fornece certa medida de segurança para os usuários de protocolos de DeFi 2.0.

piscina de liquidez DeFi

Perda impermanente

Perda impermanente é o fenômeno que acontece quando um investidor deposita ativos em um pool de liquidez e, depois disso, as cotações mudam. Em consequência, quando o investidor em questão saca seus fundos, eles podem valer menos em moeda fiduciária do que valeriam se não tivesse havido a mudança nas cotações.

Talvez, dependendo da variação, ele não tenha perdido dinheiro, mas pode ter deixado de ganhar. Uma das soluções que DeFi 2.0 apresenta para a perda impermanente é a existência de seguros contra a perda impermanente.

Redimensionabilidade

É difícil fazer com que protocolos do tipo DeFi 1.0 sejam usados em escala maior. Isso acontece porque esses protocolos, especialmente os que são baseados em Ethereum, tendem a apresentar transações relativamente caras e relativamente demoradas, o que reduz a capacidade deles de expandir sua escala de uso.

Além disso, a interface do usuário dos protocolos de DeFi 1.0, muitas vezes, são complicadas, o que dificulta e desestimula o uso deles. Os protocolos 2.0 apresentam soluções para as causas desses problemas e, por isso, permitem oferecer capacidade de expansão de escala a custos mais baixos do que os dos protocolos DeFi 1.0.

Centralização

Por estranho que possa parecer para quando se refere a algo que se se finança centralizada, há aspectos de centralização nos protocolos do tipo DeFi 1.0 porque, neles, há grupos (os desenvolvedores) que possuem total controle sobre o protocolo, o que pode, muito facilmente, dar origem a dúvidas quanto à lisura do protocolo.

Ativos ociosos

Como notado acima, os protocolos DeFi 2.0 permitem ao usuário que depositou ativos em uma piscina de liquidez usar os tokens de liquidez recebidos como garantia de empréstimos e extrair valor extra deles. Desta forma, há um grande benefício em manter os ativos em staking, sem que os detentores fiquem com moedas ociosas sem utilidade alguma.

O investimento em criptoativos pode não ser adequado para investidores iniciantes, que podem perder o total do valor investido.

Projetos DeFi 2.0

A seguir, apresentamos 5 projetos de DeFi 2.0 que tentam resolver os problemas manifestados pelos protocolos de finança descentralizada pertencentes à geração anterior. Estes projetos prometem ser excelentes oportunidades de investimento, ainda mais quando pensamos no longo prazo.

Lucky Block (LBLOCK)

O objetivo da plataforma de sorteios LuckyBlock é aplicar os recursos do blockchain aos jogos de azar na internet, fazendo com que sejam mais acessíveis, mais transparentes e mais justos. Além disso, pretende-se, com o uso do blockchain, tornar mais rápidas e baratas as transações envolvidas.

Com isso, os sorteios podem ser realizados com mais frequência do que nas loterias comuns, os gastos de custeio são mais baixos e a proporção da renda conseguida com a venda de bilhetes que é destinada aos prêmios é mais elevada. Lucky Block é o esquema de cripto que mais rapidamente alcançou uma capitalização de mercado de 1 bilhão de dólares.

Basicamente, os interessados em participar da plataforma, construída com base na Binance Smart Chain, atualmente conhecida como BNB Chain, devem comprar o token nativo dela, o qual também é chamado de Lucky Block (LBLOCK). O Lucky Block pode ser usado na compra de bilhetes para os sorteios, cujos vencedores são premiados instantaneamente.

Sobre cada venda de Lucky Block é aplicada uma taxa, parte do valor do qual é usada para prover liquidez ao sistema. Outra parte, junto com o dinheiro das compras de bilhetes, vai para a composição do prêmio. Setenta por cento do prêmio vai para o vencedor do sorteio. O resto é distribuído para todos os detentores de Lucky Blocks, proporcionalmente à quantidade da criptomoeda que possuam, para a caridade, para o pool de liquidez e para despesas de divulgação da plataforma.

Além de dar direito a mais unidades da moeda em virtude da distribuição de parte dos prêmios dos sorteios e permitir a participação nestes através da compra de bilhetes, os Lucky Blocks também podem ser negociados nas plataformas de criptomoedas.

DeFi Coin (DEFC)

A criptomoeda DeFi Coin (DEFC) é o token nativo da plataforma descentralizada DeFi Swap, que entrou em operação em maio deste ano, tendo sido considerada ao longo de de 2022 como uma das criptomoedas mais promissoras.

Uma das características mais interessantes da DeFi Coin é que uma taxa de 10% é aplicada sobre sobre transações de compra ou de venda do ativo. Metade do valor conseguido é distribuído entre os detentores de unidades de DeFi Coin, fornecendo-lhes renda passiva, o que é uma maneira de recompensá-los pela manutenção em seus portfólios de investimentos da DeFi Coin.

A intenção com isso é estimulá-los a continuar a manter DEFC nos portfólios. A outra metade do valor da taxa é destinada a pools de liquidez para combater a volatilidade das cotações do ativo.

MakerDAO (MKR)

O protocolo Maker é baseado no Ethereum. Sua criptomoeda é o DAI. A emissão dela é lastreada em criptoativos pertencentes ao ecossistema Ethereum.

Maker vaults (caixas-fortes Maker ou, se traduzirmos o significado de maker, caixas-fortes do criador) são os depósitos que armazenam cripto ativos que servem de garantia de valor do Dai. Como o Dai é uma stable coin (criptomoeda lastreada por outros ativos e, portanto, em tese, menos sujeita à volatilidade), ele desperta interesse. Além disso, a criptomoeda pode ser depositada em uma conta remunerada, gerando renda passiva.

Como o Dai está lastreado em outras criptomoedas, não em uma moeda fiduciária, ele não depende dos bancos centrais. Apesar disso, uma das metas é que ele mantenha um valor mais ou menos equivalente a 1 dólar americano. Ele pode ser guardado em carteiras compatíveis com o padrão ERC-20.

O objetivo do MakerDAO é dar origem a uma infraestrutura descentralizada que sustente uma moeda estável que possa funcionar globalmente. Como outras criptomoedas, o Dai pode ser utilizado como reserva de valor, transferido, usado como pagamento por bens e serviços e como hedge (proteção) contra a volatilidade no mercado, papel para o qual, em teoria pelo menos, o Dai, por ser uma stable coin, está bem equipado.

Abracadabra.money

Abracadabra.money é uma plataforma na qual os detentores de tokens que pagam juros como o yvWETH podem usá-los como garantia em empréstimos ou lastro para a emissão da moeda da plataforma, o Magic Internet Money (MIM), uma stablecoin atrelada ao dólar americano.

O Abracadabra.money permite que os investidores empreguem ativos que estavam ociosos e extraiam valor deles. Os custos dos empréstimos da Abracadabra.money são relativamente baixos.

Para contrair um empréstimo de MIMs, o usuário deve ir ao site do Abracadabra.money, clicar em BORROW (emprestar), selecionar o ativo que deseja usar como garantia do empréstimo. O passo seguinte é informar quantos MIMs desejam tomar emprestado.

Convex Finance

Convex Finance é uma plataforma descentralizada baseada em Ethereum para a troca de stablecoins. Seu token nativo é o CRV, com o qual provedores de liquidez para a plataforma são recompensados. Eles podem ser convertidos em veCRV, que ficam bloqueados por um tempo e dão direito a participação na governança da plataforma. Além disso, quanto mais veCRVs um usuário tem, mais recompensas ele pode extrair do seu depósito no pool de liquidez.

Basicamente, os usuários de Convex Finance estão reunindo seus ativos para que possam, coletivamente, adquirir mais CRVs e convertê-los em em veCRVs, usando-os para aumentar as recompensas relativas aos pools de liquidez.

Corretoras para comprar moedas DeFi 2.0

Agora que conhece alguns dos projetos defi 2.0 mais promissores, o próximo passo é escolher uma boa corretora para comprar seus ativos. Nós podemos indicar 3 que são muito relevantes no mercado, que já se mostraram seguras e que entregam bons serviços.

eToro

A eToro foi fundada em Israel em 2007 com o nome RetailFX, é uma das mais conhecidas corretoras do mundo. Um de seus recursos mais interessantes é o Copy Trading, que permite que os usuários emule as estratégias de investidores bem-sucedidos da comunidade.

Como a eToro é regulada nos países (e são muitos em que atua), é uma das opções que deixam o usuário muito mais seguro em um segmento tão novo do mercado como é o de DeFi 2.0, cujas regras ainda estão sendo escritas e consolidadas e tem, por isso, um quê de Velho Oeste.

O investimento em criptoativos pode não ser adequado para investidores iniciantes, que podem perder o total do valor investido.

Binance

A Binance é a maior plataforma de negociação de criptomoedas quando se leva em conta o volume diário transacionado. Além de ser bastante conhecida, ela é, como a já citada eToro, razoavelmente bem regulada onde atua, o que pode colaborar para que o usuário sinta-se mais seguro.

Cerca de 76 bilhões de dólares são transacionados através da Binance em cada período de 24 horas. A Binance põe mais de 600 criptomoedas à disposição de seus usuários, os quais são mais de 90 milhões.

Entre suas vantagens, estão a liquidez relativamente alta que possui, a qual é uma consequência de seu tamanho e do volume de transações que são realizadas nela, e o desconto para quem usa seu estoque nativo, chamado de BNB.

Alguns dos serviços que a Binance oferece, além da negociação de criptomoedas, são Binance Earn, que permite receber renda passiva pelo depósito de stable coins, e Binance Visa Card, um cartão de crédito que permite aos usuários converter suas criptomoedas em moeda fiduciária para a realização de gastos.

O investimento em criptoativos pode não ser adequado para investidores iniciantes, que podem perder o total do valor investido.

Capital.com

Mais de 530 bilhões de dólares em ativos já foram negociados através da corretora Capital.com, corretora que põe à disposição dos investidores um amplo leque de ativos. Além disso, ela é regulada por entidades como a comissão de valores mobiliários do Chipre e a autoridade de conduta financeira do Reino Unido.

Os cursos e materiais educacionais oferecidos pela Capital.com também podem ser de interesse dos investidores, especialmente, talvez, dos menos inexperientes.

O aplicativo móvel da Capital.com lança mão de inteligência artificial para melhorar a experiência dos usuários em suas negociações.

Entre os serviços e produtos pelos quais a Capital.com não compra taxas, estão depósitos, saques, cotações atualizadas, gráficos e materiais educacionais.

Além de investimentos em cripromoedas, a corretora Capital.com permite que os clientes invistam em Forex (um mercado descentralizado para transações de câmbio), commodities (produtos primários em estado bruto com características físicas homogêneas, independentemente de sua origem, como ouro, petróleo e trigo), ações e especulação com os índices de Bolsas de Valores (como S&P 500, Dow, FTSE 100).

O investimento em criptoativos pode não ser adequado para investidores iniciantes, que podem perder o total do valor investido.

Problemas com os quais o DeFi 2.0 ainda precisa lidar

Apesar de trazer diversas melhorias em relação à primeira geração de projetos defi, o defi 2.0 ainda vai precisar superar muitos desafios. Mas isso é perfeitamente compreensível, afinal, tudo que envolve blockchain ainda é muito novo.

Sendo assim, os impactos maiores dessa tecnologia devem chegar ao dia a dia das massas apenas daqui alguns anos. Veja a seguir alguns dos problemas que os projetos defi 2.0 vão precisar superar nos próximos anos:

Segurança

Um protocolo de finança descentralizada é apenas tão bom quanto os contratos inteligentes que usa permitem que seja. Contratos inteligentes podem ter fraquezas, ter backdoors (portas de acesso não documentados) ou na pior das hipóstese, podem ser hackeados.

Em tese, quanto mais transparente for um protocolo, mais fácil será para que os participantes ou participantes em potencial identifiquem fraquezas e realizem ações maliciosas.

Regulamentação

À medida que as finanças descentralizadas ganham importância, torna-se mais provável que governos e reguladores busquem impor regulações. Os produtos e serviços DeFi 2.0 provavelmente precisarão adaptar-se à medida que novas regras forem sendo criadas. Isso pode afetar os recursos, produtos e serviços que estarão disponíveis aos usuários de DeFi 2.0 e as condições sob as quais eles poderão ser beneficiados.

Perda impermanente

Apesar do uso de seguros contra perda impermanente, é impossível eliminá-la por completo, apenas mitigá-la, por exemplo, através do uso de seguros contra perda impermanente.

Dificuldades para acessar os fundos

Se o site do projeto DeFi 2.0 estiver fora do ar, os fundos nele empregados podem ficar inacessíveis, a não ser que o investidor tenha colocado seu contrato inteligente em um blockchain explorer (explorador de blockchain), o que exige certo conhecimento técnico.

Conclusão

Embora a relativa novidade do segmento DeFi 2.0 e a velocidade com que ele evolui devido à introdução de novas soluções nele dificultem sua definição, podemos considerá-lo um conjunto de esforços em finanças descentralizadas que, construindo sobre as bases da onda anterior, tentam solucionar os problemas que limitaram a adesão a ela.

Entre as vantagens dos protocolos DeFi 2.0 sobre o sistema financeiro tradicional, centralizado, estão as aplicações, em média, mais rentáveis e qualidades das transações como celeridade, transparência e segurança. Os desenvolvedores certamente têm aprendido com os resultados de projetos de finanças centralizadas e continuarão aprendendo e introduzindo novas soluções, permitindo que as finanças descentralizadas continuem a evoluir.

O investimento em criptoativos pode não ser adequado para investidores iniciantes, que podem perder o total do valor investido.

Perguntas Frequentes

O que diferencia DeFi 2.0 de DeFi 1.0?

Quais as vantagens do DeFi 2.0?

Corro riscos investindo em DeFi 2.0??

Quem controla a DeFi 2.0?

Que diferença faz a DeFi 2.0?

Qual o futuro da DeFi 2.0?

Gabriel Gomes

Gabriel Gomes

Com alguns anos de experiência em finanças, Gabriel é também um entusiasta das criptomoedas. Acredita que a tecnologia blockchain será uma das bases para o futuro das finanças.